1930 - Getúlio Vargas parte de Porto Alegre rumo a São Paulo
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"Rio Grande do Sul, de pé pelo Brasil!
Não podereis iludir o teu destino heróico"
Getúlio Vargas em seu discurso de partida para São Paulo, em 1930.
O assassinato de João Pessoa pôs por terra as últimas vacilações de Getúlio Vargas e da Aliança Liberal. Com a morte do presidente da Paraíba, ficara claro que não havia mais campo para uma eventual composição com o Governo Federal.
O comando das hostes aliancistas passa para a ala mais radical da oligarquia de oposição. E assim, após sucessivas protelações, no dia 3 de outubro de 1930, em manobra conjunta articulada entre o rio Grande do Sul, a Paraíba e Minas Gerais, estoura a inevitável insurreição.
Em Porto Alegre, os combates iniciam-se às 17h30 - hora do fim do expediente nos quartéis - com bombardeios e assaltos a unidades militares. Até às 2 horas do dia 4, todos os quartéis estavam tomados e a revolução dominava a capital; entre os dias 4 e 5, o Rio Grande do Sul se encontrava sob o controle revolucionário.
O "tenente" civil mineiro Virgilio de Mello Franco, que estava em Porto Alegre, comenta: "Oswaldo Aranha, Góis Monteiro e João Alberto tiveram um trabalho hercúleo. É preciso salientar o papel decisivo de Lindolfo Collor, o mais vertiginoso mensageiro dos setores políticos e militares".
Em Minas, onde o governo local (nas mãos de Olegário Maciel) também apoiava a Revolução, o movimento irrompe à mesma hora que em Porto Alegre e com idêntico sucesso. Na Paraíba, a ação é retardada de algumas horas, mas, ao raiar de 4 de outubro, os tenentes tinham o controle civil e militar de todo o estado.
Consolidadas essas posições, a sublevação se irradia. Do Rio Grande do Sul, no dia 5, parte uma ofensiva em direção a Santa Catarina e Paraná. Em Santa Catarina esboça-se uma pequena reação, logo superada com a debandada das tropas do Exército. No Paraná, o Exército depõe o governo constituído.
Do Norte, sob o comando geral de Juarez Távora, descem colunas que marcham sobre os Estados vizinhos, cujos governadores, em sua maioria, fogem à simples aproximação das forças rebeldes.
No Recife, o governador articular uma resistência - que acaba, contudo, pulverizada no fim do dia 5, em ação onde participaou ativamente a população locl, aliada aos revolucionários.
Tomada a capital pernambucana, uma coluna parte para a Bahia, sob o comando de Juracy Magalhães e Agildo Barata. Para lá também rumara parte da força rebelde mineira.
No front sulino, porém, apesar do fulminante sucesso inicial dos rebeldes, as coisas não iam tão fáceis.
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