1844 - Na forca, escravos marujos fujões

Na forca, escravos marujos fujões

1844 - Na forca, escravos marujos fujões

Como eram poucas as chances de obter liberdade individual através de alforrias, aos marinheiros escravos restavam as fugas ou a revolta aberta.

Neste sentido, por volta de 1844, o reverendo norte-americano Daniel Kidder tomou conhecimento, no Ceará, de uma revolta a bordo de um navio mercante. 

"Na cidade de Fortaleza, passamos por um grande largo, junto ao forte, onde, dias antes, seis criminosos haviam sido executados. Eram africanos, e, talvez, todos escravos que, servindo na qualidade de marinheiros a bordo de um brigue, se amotinaram e assassinaram o capitão, parte da tripulação e alguns passageiros."

Após a revolta, "abriram as escotilhas do navio e o afundaram na costa." "Provavelmente", acreditava o reverendo, "tinham por objeto saquear e reconquistar a liberdade. Entretanto, desembarcados, foram logo presos pelas autoridades provinciais, processados e condenados à pena capital. A execução deu-se por enforcamento."